Depois de largar
o emprego e a mulher, por motivos que guardam uma infeliz coincidência, Júnior
volta para a casa do pai. Sem dinheiro nem perspectivas, seus dias se dividem
entre o velho sofá da sala transformado em cama, o bar onde bebe com
desocupados e as conversas com a jovem e atraente inquilina do pai, Bruna, que
ambos espiam através de um furo no armário. A pasmaceira só é interrompida
quando começam a chegar pelo correio pacotes anônimos com recortes de notícias
velhas, em inglês - uma delas sobre o episódio em que o escritor William
Burroughs matou a mulher acidentalmente.
Enquanto se entrega a reminiscências e
persegue objetivos pequenos e imediatos - a próxima refeição, o resgate de uma
dívida com o antigo chefe, o dinheiro para o próximo cigarro -, Júnior começa a
roer a corda que separa sanidade e loucura, e dá passos numa espiral aterradora
que engole todos que o cercam.
Obs: Imagem e texto retirados do site http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12643.
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