Depois
de um ano inteiro falando tantas e tantas vezes sobre aventuras, como poderia
ser o último texto ano?
Isso:
desejando aventuras para o novo ano. Proibi-me de fazer isso, de desejar um
monte de coisas como se existisse uma varinha de condão que vai mudar tudo
exatamente ás 11h59min do dia 31 de Dezembro. Aconselhei-me de que ter
expectativas é um perigo, mas não consigo...
Que
2014 traga uma infinidade de aventuras! Ou melhor, que em 2014 se VIVA uma
infinidade de aventuras.
Já tinha até escrito outro texto fazendo um
balanço sobre esse ano. Contudo, desculpem-me, caros leitores, mas preciso
mesmo é de aventuras...
Quero
sair do estado de observar a vida acontecer e acontecer junto com a vida. Não pensem que vou fazer uma mudança
extraordinária na minha vida do tipo que meio mundo de gente vai comentar que
sou louca ou coisa do tipo... Não.
Quero aventuras das quais EU me pergunte se
fiquei louca. Quero o frio na barriga ao sentir que por mais difícil e
complicada que a vida é, está valendo a pena.
Quero ser infinita. Só por um minuto... ou por
um segundo, quem sabe, mas quero.
Às
vezes os dias ruins nos tiram a certeza de que sempre haverá a primavera em
algum lugar... Somos impelidos ao medo, medo de encarar o que nos causa medo. E
assim, passamos dias e dias das nossas vidas pensando em como seria divertido
fazer aquela viagem que tanto sonhamos, ou comprar aquela casa que queremos, ou
fugir sem deixar pistas e depois voltar, ou seja, o que for... Há sempre algo
em que tantas vezes você pensou que seria divertido fazer, mas então pareceu
loucura e deixou pra lá.
Sim.
Também tenho uma lista cheia de coisas como: terminar a faculdade, casar, ter
filhos e um monte de outras coisas que nós somos normalmente ensinados a chamar
de futuro. Mas, quero mais que o futuro, quero também o presente.
Por
isso, escrevo. Por que acima de um futuro longo e brilhante, quero um novo ano
cheio de um “presente” bem vivido, tão cheio de aqui e agora que não haja tempo
para pensar que o futuro é amanhã. O futuro é hoje, é o aqui, é o agora, é o
presente.
Ninguém
está errado em ensinar que é prudente planejar um futuro. Mas, estamos todos
errados quando achamos que sempre teremos um futuro em que iremos fazer aquilo
que sempre desejamos fazer. Alguns de nós talvez nem tenha futuro, outros o
terão de formar pouco proveitosa e, então, alguns de nós chegaremos ao futuro
promissor porque de fato entendemos que se vive no presente.
Era
para estar escrevendo sobre aventura e, no entanto, não paro de falar de
presente e futuro... De certo, por que talvez ambas as coisas estejam tão
interligadas que seja impossível se fazer uma separação. Podemos planejar uma
aventura para o futuro, mas jamais poderemos viver uma aventura no futuro.
Viver é presente.
E
aqui quero deixar também meus sinceros agradecimentos, pois esse blog foi de
fato uma aventura bem vivida, seja na hora em que a ideia rompeu em minha mente
e saltou para o papel, ou pelas tantas vezes em que foi preciso espremer a
minha mente até ela soltar uma ideia.
Agradecer
a Deus pelo presente da vida, ao meu grande amigo que me deu o Relicário de
presente, à minha irmã adotiva por me ajudar a enchê-lo de pérolas preciosas,
ao meu amor que antes mesmo de ser meu já era inspiração para tantos poemas e
textos, à minha amiga que tantas vezes me escutou e ajudou a amadurecer as
ideias que aqui propus e, principalmente, ao meu querido leitor que tornou de
fato está aventura possível, interessante e construtiva.
A
verdade é que não há varinha de condão nenhuma, mas que o novo ano possa
renovar nossas forças e esperanças, afim de que possamos viver ao invés de só
planejar. E que esta aventura em particular chamada escrever, dure muito e
muito.
Um
abraço carinhoso...
E
que venha 2014.
P.S.: Que não se perca mais
nenhum minuto
esperando o futuro acontecer.