terça-feira, 12 de março de 2013

Sim, eu estou apaixonada.


Esses dias perguntaram-me porque há algum tempo não tenho tido relacionamentos românticos... Eu deixei que o silêncio respondesse essa tão insolente pergunta.
Desculpa, porém, eu estou em vários relacionamentos. Sim. Eu estou.
Recentemente, enamorei com uma poesia que pedia para que se compreendesse o silêncio. Foi paixão avassaladora, meu Deus... nunca alguém me compreendeu tão de perto.
Ontem mesmo, pisquei o olho para um poema, de Fernando Pessoa, que dizia que o poeta é um fingidor. Pois é... posso andar, viajar, mudar e crescer, mas basta esbarrar com esse poema e começa a  troca de olhares...
Tenho um caso sério com a literatura da Clarice, amor para a vida toda, desses que duram para sempre. Meu refúgio particular. Amor de louco, do tipo que concorda, discorda, não compreende, e ama.
Tinha um caso, às escondidas, com Vinícius de Moraes, chegou a tal ponto de loucura e ciúme que foi preciso tirar uma pedra do caminho e deixar pra lá.
Estou apaixonada por um texto que me diz que trancar o dedo na porta dói, só não dói mais que a saudade... Verdade! Sinceridade e simplicidade sempre mexeram comigo, e ele me dá tudo isso na proporção certa. Meu medo é que alguém descubra e por saber que há direito ao grito, comece a gritar.
Como se não bastasse todos esses relacionamentos, me arrisco, nas madrugadas, a carinhosamente abraçar alguém que quer flores, doces, música, vento e um monte de outra coisa.
Quando, finalmente, canso de tantos relacionamentos complicados, eu escolho ficar feliz e desejo mandar flores ao delegado, de bater na porta do vizinho e desejar bom dia, de beijar o português da padaria...
Se não der, eu digo que ou você me odeia descaradamente ou disfarçadamente me tem amor.
Caso tantas paixões não seja o suficiente, eu penso num sujeitinho que diz não ser nada, e penso, e penso, e esqueço.
Mas, não, não me venha com amor inventado. 

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