Quando
ainda se é uma criança a maior dor é ralar o joelho, o maior medo é de arrancar
o dente que ficou mole, a maior certeza é que a mãe vai resolver qualquer
problema, a maior preocupação é com o trabalho de ciências sobre o sistema
planetário, a melhor expressão é: “quando eu crescer...”, o maior desafio é
planejar o futuro.
Na
infância, a inocência é a maior e mais inédita fantasia que um ser humano é
capaz de usar.
Até
que... a gente cresce.
E
crescendo a descobre mais um monte de coisa.
Descobre
que existe dor maior que o machucado do joelho e que, por muitas e muitas vezes,
essa dor vai ser invisível, não vai haver ferida, mas que, ainda assim, vai
machucar pra caramba... E que mesmo maltratando tanto, não vai ser possível
gritar e chorar, somente suportar.
A
gente acabar por desvendar que há medos maiores e mais terríveis, que alguns
vão nos acompanhar por grande parte da nossa vida, e que o pior medo que pode
existir é o medo de confiar nas pessoas, mas que em algumas ocasiões ele será
essencial.
Envelhecendo
a gente percebe que o colo da mãe também não dura para sempre.
As
certezas são poucas e mudam muito.
São
tantas preocupações que surgem... E olha que eu ainda nem envelheci tanto.
A
melhor expressão agora é: “quando eu era criança...”.
O
desafio de planejar o futuro não mudou em nada.
Contudo,
se querem saber outras conclusões que eu tirei, aqui estão elas...
Aprendi
que o amor é meio louco, ás vezes ele aparece feito viajante que: veio, mostrou
um mundo novo e foi embora. Ele também gosta de ser poesia, música, chocolate,
lembrança, fotografia... O amor é eclético. Já o vi pintando de roqueiro e,
enquanto dançava numa trilha sonora eletrizante sincronizou a batida do coração
com a melodia da musica, já vi ele dançando sertanejo enquanto tocava poesia cantada
de amor abandonado. Ah... Já vi o amor pulando carnaval vestido do arco-íris
enquanto a neblina ameaçava cair.
Não
sei...
Descobri
que os simpáticos sabem como conquistar, mas é dos sábios a capacidade de se
afastar sem fazer com que a casa desmorone e, principalmente, a sensatez do
momento certo de voltar, ou quem sabe, a delicadeza de julgar
ser necessário não voltar, mas, simplesmente, cuidar de longe.
Entendi
que amizade tem mais haver com respeito do que com conceitos compartilhados e
que solidão não é estar sozinho, mas perdido de si mesmo.
O difícil foi perceber que nós não amamos
certas pessoas, nós só amamos certos momentos que elas nos proporcionaram e
nessa vontade descarada de voltar ao mesmo porto, aprendi e sofri ao perceber
que um pôr-do-sol nunca é visto duas vezes.
Constatei
que é possível se apaixonar várias vezes pela mesma pessoa, no entanto, o amor
só nasce uma vez e, se for verdadeiro, ele nunca vai morrer. Vai mudar, se
transformar e se adaptar, mas não vai morrer.
Talvez
essa seja minha crença mais precipitada, mas não importa. No momento, eu quero
e vou acreditar em almas gêmeas, em amor pra vida inteira, por isso mesmo
escrevo, porque se amanhã isso mudar, ao menos terei a certeza que tentei.
Ninha linda escritora devo dizer mais uma vez o quanto amo seus textos, pois não me canso de le-los e admirar o como você escreve bem =))
ResponderExcluirVc sabe oq eu acho dos seus textos,contos,cronicas ...tal.
ResponderExcluirNão me canso de descobrir essa sua arte. : )