terça-feira, 30 de abril de 2013

Janela da alma



Estou sentada em minha pequena grande janela, já é noite, aguardo uma ligação que, provavelmente, em nada vai alterar a minha vida, escuto música que não sei o que significa, só sei que grandes pensadores e intelectuais escutam essas músicas...
À noite me engole como uma tempestade submerge uma embarcação a deriva e, instantaneamente, fez se um tempo de chuva que, instantaneamente, desapareceu. Prefiro quando chove, ao menos o meu frio tem um motivo aparente.
Não consigo entender certas pessoas, na verdade, eu acho que algumas são extremamente hipócritas, a vida é uma hipocrisia sem fim...
Pregam morais de comerciais de televisão com a mesma convicção que um islamita prega sua doutrina... Um absurdo autêntico... Isso existe?
Pessoas que reclamam da vida e discutem religião, quando na verdade tudo que sabem sobre a vida é estudar páginas de livros cheios de certezas e leis...
Tenho saudade de saber pouco, de acreditar muito, de sorrir mais vezes, alguém me tirou tanta coisa, não tenho mais forças nem de pronunciar meu nome...
Gostava mais da vida quando acreditava que comerciais de televisão eram só comerciais e não a vida real... Quando o “felizes para sempre” era alguma coisa... Quando amor não rimava com dor... Quando "pessoas" era algo que merecia ser descoberto...
Hoje não tenho certeza alguma... Só tenho a certeza de que...
Queria falar de vida real... pode ser?
A única certeza que tenho é que a minha única ligação do mundo é através dessa minha pequena grande janela. 

Um comentário:

  1. Na verdade, eu já não sei mais se gosto do seus textos, alguns deles me fazem chorar. Mais eu gosto kkk

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