segunda-feira, 6 de maio de 2013

Nostalgia


Saudade de brincar de executiva rica em quanto comia macarrão instantâneo na mesa da cozinha, de brincar que as almofadas eram tesouros e seriam roubados em breve, de rir até tarde da noite e ouvir a respiração de vocês em quanto dormiam.
Saudade de ter amores inalcançáveis, de ver você se gabando de coisas bobas que fez. Saudade de chorar por amor, de achar que a vida acabaria no amanhã, por que você teria ido embora.
Saudade do sorriso que, por tantas vezes, foi o meu chão.
Saudade de “matar a aula” na sala ao lado, de folhear os livros da biblioteca, de ser intrigada da minha futura grande amiga e depois fazer as pazes com pirulitos.
Saudade de ser revolucionária e, principalmente, eufórica em tudo.
Saudade de ouvir musica nova e ver clip velho no computador da escola, de tirar foto feia, de dizer que ia estudar e terminar assistindo filme, de ir à sua casa todas as tardes, de ler um livro novo e ti contar a história por inteiro. Saudade até das suas confusões amorosas.
Saudade de conversar besteira e se sentir gente grande, de merendar em casa no intervalo da escola, saudade de todas aquelas brincadeiras estúpidas que me arrancavam os sorrisos mais sinceros.
Saudade de estudar o dia todo com você, de rir á toa, de extraviar doses de coragem nos trabalhos de física, de ler contos novos ao seu lado, de fazer análises loucas e verdadeiras sobre a vida. Saudade de todos os bons e maus momentos vividos ao seu lado.
Saudade de merendar o salgado da Tia, enquanto conversávamos e, desacreditar e sorrir sem saber o que o futuro nos prometia. Aqueles quinze minutos deixaram eternas saudades.
Saudade de ter morado seis meses com você e ter dividido tantos sorrisos e tantas experiências.
Saudade de quando eu nem ti conhecia, de quando você era uma incógnita, e hoje, depois de você ter me surpreendido com tamanha personalidade, tenho ainda mais saudade.
Saudade de ler meus textos para você e ouvir perguntas que desejo que sejam feitas e te dar respostas vagas.  Saudade de você.
Saudade da nossa certeza que você era feliz.
Ah! Saudade... 

P.S.: Obrigada por me dar um leque de saudades e, principalmente, por ter me ensinado que as coisas “erradas” só deixam saudade quando são feitas com as pessoas certas. 

Um comentário:

  1. Eu disse a mim mesmo que não iria comentar para não parecer que só eu leio, mas não resisti. Estou trancado na faculdade porque tem uma chuva torrencial lá fora e decidi ler seu blog para passar o tempo de forma agradável. Nao resisto, tenho que comentar e dizer que o texto está incrível e que a cada dia você melhora. Abraço, Debrita.

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